O poema de hoje reflete uma decisão histórica. Alguns dizem que a desgraça da humanidade é por conta do pecado de Eva de ter comido o fruto proibido. Já eu defendo a matriarca de todos nós e digo que o culpado de todos os problemas dos seres humanos é o personagem do poema de hoje.
Começo do fim
Há eras e milênios
Com as bizarras barbas neandertais,
Tinha um prendado caçador e guerreiro
Que colecionava machadinhas e artefatos tribais.
Na sua caverna guardava
Dentre tantos bárbaros,
Era ele um sábio; homem polido.
Certo dia, doente, não foi caçar,
Mas tinha fêmea e prole para alimentar.
Ao ver os vizinhos chegando
Com meio mamute nos braços
Não teve dúvidas e ofereceu
Por duas costelas dúzias de suas pedras.
Esta é a primeira profecia da eternidade
Gravada em pinturas rupestres.
Ali então fora registrado
O começo do fim da humanidade.
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