segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quem é o craque do Brasileirão?!

Nas redes sociais, nos cafézinhos das repartições públicas, nas mesas de bar e nas filas do Brasil inteiro não se fala em outra coisa a não ser o Campeonato Brasileiro. O melhor torneio de futebol (e mais equilibrado) do planeta tem ganhado contornos de genialidade nos últimos três anos, principalmente por ter voltado a ser uma grande constelação das mais brilhantes estrelas, e não apenas um celeiro de craques mirins.
Se você assistisse ao Brasileirão alguns anos atrás, iria notar uma coisa. Haveria um time bom e equilibrado e diversos outros times bagunçados. Logo, seriam presas fáceis para um pai severo que doutrinava um por um dos seus filhos e ganhava o certame sem dificuldades. Exemplos disso foram o Atlético Paranaense em 2001, Cruzeiro em 2003 e São Paulo em 2006-07. Os time brasileiros eram formados basicamente por jovens das categorias de base prontos para serem vendidos pro primeiro clube europeu que aparecesse e velhos medalhões com 35 anos para cima, prontos para sugar o dinheiro do clube sem jogar nada.
Porém, desde 2009, com Adriano e Ronaldo de volta ao Brasil, voltamos a era dos grandes craques. Cada grande clube tem seu grande craque de estirpe planetária. Pode conferir. E cada um deles é candidato a craque do Brasileirão. Será esse craque Ronaldinho Gaúcho com sua pura malícia, Neymar com seu talento e irreverência, Fred com seu faro de gol e técnica apurada, Liedson com sua leveza, Loco Abreu com sua frieza ou Felipe com sua experiência?
Eu já elegi o meu grande craque deste ano. Ele que deixou tudo tão empolgante e tornou nossas segundas-feiras mais cheias de assunto. O grande jogador deste ano chama-se IMPONDERÁVEL. O que ele tem jogado não é brincadeira. Já aprontou cada uma... ele está sempre com a mesma regularidade, e cada gol, cada toque ou cada jogada sua é sempre um deleite para os apaixonados pelo esporte bretão. Foi o imponderável que fez Anselmo do Atlético Goianiense ter uma noite de Zico contra o Flamengo no Engenhão, e o mesmo que fez Ronaldinho e Cia fazer o melhor jogo da história contra o Santos na Vila. Ele que fez o goleiro reserva do Bota fechar o gol no Pacaembu e ainda deu dois desvios para os gols do seu time sobre o Timão. Foi o Imponderável que fez preleções fantásticas no vestiário do América-MG contra o próprio Corinthians, Fluminense, Vasco e Botafogo, transformando um time “peso-morto” em máquina mortífera da reta final. O imponderável que fez um time brilhante no primeiro semestre como o Cruzeiro se tornar o saco de pancadas do Brasil. Ele está sempre desviando uma bola, dando um chutão que termina em gol, transformando o cabeça-de-bagre em craque com uma jogada linda e o craque em perna-de-pau com uma furada ou passe bisonho.
O imponderável é a grande atração deste campeonato, e me abstenho de fazer qualquer palpite ou previsão para a última rodada, exceto uma: o craque do brasileirão vai para dez campos simultaneamente!

E para você, quem é o "segundo melhor" jogador? Deixe seu comentário.



domingo, 20 de novembro de 2011

Para os que estavam com saudade

Tenho ouvido muita música boa, tenho andado e conversado com pessoas muito bacanas, tenho aprendido coisas que vou lembrar pra sempre. Em suma, tenho sido feliz, que é algo natural, mas no mundo em que vivemos às vezes isso soa pesado como uma bomba.
Graças a Deus tenho saúde e tudo o que preciso. Muitas pessoas são abençoadas também, mas nem todas conseguem ser felizes. Entretanto, há aquelas que não tem saúde ou não tem tudo o que precisam e ainda assim conseguem ser felizes. Aí, meu chapa, é que eu gosto de buscar minhas lições. Esse poema tenta falar disso. Os amigos da medicina irão se interessar.

Eritema Malar



E olha ela com a borboleta no rosto
nem quer ver o tempo passar
e nem espera o tempo parar.
Pro inseto não criar asas, faz de tudo,
mas nunca presa no próprio casulo.

Alguns lhe tratam com nome de lobo,
de uma patológica alcatéia.
Podem até dizer que é mal gosto.
Ela age sempre a contra-gosto
contra um contra-golpe mórbido
da borboleta em seu rosto.

Leva a vida. Não quer se deixar levar por ela.
As dores no joelho e nas mãos,
Seu corpo todo em inflamação.
É apenas detalhe, balela.
Pois já está em vôo alto com a borboleta
pelos céus de sua imaginação.




terça-feira, 1 de novembro de 2011

SIMPÓSIO DE SAÚDE DO HOMEM

"Simpósio de Saúde do Homem da sociedade brasileira de UROLOGIA.

sexta à noite(4/11) e sabado de manha (5/11)

Programação:

sexta-feira: abertura DR RICARDO TUMA - PRESIDENTE DA SBU-PA

SAÚDE DO HOMEM VISÃO GLOBAL E SITUAÇÃO NACIONAL - DR RICARDO TURMA

URO GERIATRIA - ABORDAGEM ATUAL E INTERFACES COM OUTRAS ESPECIALIDADES - DR CHARLES VILLACORTA

DISFUNÇOES SEXUAIS: DISFUNÇÃO ERÉTIL E EJACULAÇÃO PRECOCE - DR SIDNEY CRUZ

DECLÍNIO HORMONAL NO HOMEM: COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR - DR MAURÍCIO MASSULO


sábado: TUMORES DA PRÓSTATA - DOENÇA BENIGNA E MALIGNA - DR RODRIGO ALENCAR

TUMORES DE PÊNIS - DR WESLEY MUNIZ

EXISTE PREVENÇÃO DOS TUMORES UROLÓGICOS? - DR CHARLES VILLACORTA

TUMORES TESTICULARES - DR ALBERTO TOLENTINO

REALIDADE MÉDICO UROLÓGICA NO BRASIL - DR RICARDO TURMA




local: auditório da UEPA (avenida plácido de castro)
Investimento: R$ 15,00
CONTATO: JOÃO ALHO (093-9131-0150) E PAULO DIEGO (093-8127-4377)
OBS: HAVERÁ EMISSÃO DE CERTIFICADO."

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Perde a preguiça

Finalmente, após dias me vencendo de goleada, tiro a invencibilidade da Preguiça e resolvo postar no Blog.
Poesia que foi exposta junto com a foto (autoria da fotógrafa Keiiliane Bandeira) no Café Filosófico na UFOPA dias atrás.

Palafita

Poderia ser engenheira, arquiteta,

Ou advogada, doutora da lei e da justice.

Ou doutora da vida, pediatra, cardiologista.

Quem sabe atleta, professora ou artista.

Ou até uma bailarina.

Mas, no marasmo do seu olhar,

É apenas Palafita.
















terça-feira, 27 de setembro de 2011

Viajem

Não, não estou errando a grafia. Estou me referido ao verbo mesmo. Estou viajando hoje para Belém, mas acredito que irei postar de lá também. Volto no domingo.
O título da postagem é justamente isso: viajem! Viajem na magia da poesia. "Fumem Ari, cheirem Vinícius e bebam Nelson Cavaquinho" como disse Chico Buarque.
Fiquem à vontade para navegarem pelo blog e lerem as poesias passadas. Tem muita coisa legal nas postagens bem antigas do blog.



Incêndio

Se couber no teu peito,
Experimente sentir saudades minhas.
Então verás que cada poema fala
E com a minha voz se declara
Para atenuar ou não a tua sina.

E se isso, ao contrário, te inflamar,
Minha grafada doce voz será ironia.
Se for mais impulso ainda pro teu sofrer,
Respire fundo e incendeie minha poesia.

E verás rima virar fumaça
Até arregalares os olhos estupefacta:
Respiraste meus versos até a alma.




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Icterícias...


Estou estudando aqui e resolvi dar um tempo para postar um poema. Li no jornal que Religião é a terceira coisa que mais movimenta dinheiro no mundo. Escrevi-o há algum tempinho, mas é hoje que ele debutará para o público:









O Pagador de Promessas


Não escolhe fé nem credo.
Vende camisa com rosto
e músicas com a doce voz do cifrão.
Quer o do rico e o do pobre,
distribui granadas e fuzis Kalashinikov.


Emite milhares de passagens.
Belém, Aparecida, Jerusalém, Roma e Meca.
Reserva o hotel e enxuga a lágrimas
com o seu sudário de euro e dólares.


Grava o filme e vende o ingresso
com reserva on-line na primeira fila
ou com pipoca quente na sala de casa.
Vende as almas, faz dumping;
põe a salvação no pregão da bolsa de valores.


E lá vai passando o pagador de promessas,
de terno pelos corredores de shoppings caminhando 
e carregando sua cruz de isopor.







terça-feira, 20 de setembro de 2011

Homenagem IV do Blog, CHICO BUARQUE

Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro no dia 19 de junho de 1944. É o único da minha lista de homenageados que está vivo. Começou a se destacar no campo cultural no ano de 1966, vencendo o Festival da Música Popular Brasileira com a música “A Banda”. Devido ao regime militar vigente no Brasil à época, se auto-exilou na Itália de 1969 a 1970. Sua obra não se restringe apenas à música. É também dramaturgo, com grandes trabalhos – como “O Mágico de Oz” - no Teatro Nacional e também Escritor, que lhe rendeu alguns prêmios internacionais com romances como “Budapeste”, “Estorvo” e “Leite Derramado”.
Sua obra nunca deve ser interpretada pela primeira impressão. Todo poema, música, ou algo está recheado de ironias e coisas implícitas. Está sempre politizando sua obra, que é uma característica presente desde suas canções de protesto até suas canções de amor.
Ele merecia ter toda semana um poema aqui neste blog, visto que sua gama de obras-primas é inesgotável. Pretendo futuramente postar outros dele, mas aqui vai um dos meus favoritos: A canção Folhetim.

Folhetim

Se acaso me quiseres,
Sou dessas mulheres
Que só dizem "sim!",
Por uma coisa à toa,
Uma noitada boa,
Um cinema, um botequim.

E, se tiveres renda
Aceito uma prenda,
Qualquer coisa assim,
Como uma pedra falsa,
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim.

E eu te farei as vontades.
Direi meias verdades
Sempre à meia luz.
E te farei, vaidoso, supor
Que é o maior e que me possuis.

Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte:
Te afasta de mim,
Pois já não vales nada,
És página virada,
Descartada do meu folhetim.




segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Avareza

Segundo as estatísticas do blog, as homenagens tem rendido grande número de visitas (principalmente a ao Bilac). É algo que eu não esperava. Estou pensando já nas próximas. Alguma sugestão? Acho que vou fazer uma enquete aqui no blog.
O poema de hoje reflete uma decisão histórica. Alguns dizem que a desgraça da humanidade é por conta do pecado de Eva de ter comido o fruto proibido. Já eu defendo a matriarca de todos nós e digo que o culpado de todos os problemas dos seres humanos é o personagem do poema de hoje.


Começo do fim

Há eras e milênios
Com as bizarras barbas neandertais,
Tinha um prendado caçador e guerreiro
Que colecionava machadinhas e artefatos tribais.

Na sua caverna guardava
Também pedras lascadas e polidas.
Dentre tantos bárbaros,
Era ele um sábio; homem polido.

Certo dia, doente, não foi caçar,
Mas tinha fêmea e prole para alimentar.
Ao ver os vizinhos chegando
Com meio mamute nos braços
Não teve dúvidas e ofereceu
Por duas costelas dúzias de suas pedras.

Esta é a primeira profecia da eternidade
Gravada em pinturas rupestres.
Ali então fora registrado
O começo do fim da humanidade.




sábado, 10 de setembro de 2011

Homenagem III do blog, Manuel Bandeira

      Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu na cidade de Recife no dia 19 de abril de 1886 e foi um dos maiores nomes da literatura da nossa Língua da modernidade e de todos os tempos. Na semana de arte moderna (1922), não pode participar por motivos de saúde, mas foi quem abriu o evento ao ter um poema seu declamado: “Os Sapos”, no qual criticava toda a forma de se fazer literatura da época (parnasianismo).
      Desde os dezessete anos, Bandeira foi desenganado pelos Médicos: estava com tuberculose e prestes a morrer. E viveu sua vida toda como se fosse morrer amanhã, e isso se refletiu na sua obra, com uma poesia alegre, bonachona. De princípio temia a morte, mas com o passar do tempo ela se tornou sua fiel, amorosa e engraçada companheira, e não eram raras as vezes que ele brincou com a morte em seus poemas. Morreu aos 82 anos (Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) assim, enganando a morte todo dia e amando a vida.
      Existem centenas de poemas dele que eu gostaria de compartilhar. E planejo fazer uma outra homenagem em breve, falando mais da poesia dele e não da biografia. É meu escritor favorito e é nele que mais me inspiro para escrever aqui. Quem quiser beber na fonte do blog, leia Manuel Bandeira.
       A seguir um poema. Não é o meu preferido do autor, mas é uma obra prima da poesia.


O bicho


Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.


Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.


O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.


O bicho, meu Deus, era um homem.




sexta-feira, 9 de setembro de 2011

OPERAÇÃO SORRISO BRASIL - MISSÃO SANTARÉM 2011

OPERAÇÃO SORRISO BRASIL - MISSÃO SANTARÉM 2011
Cirurgias gratuitas de fissuras labiopalatinas!! De 19 de setembro ao dia 24.

FAÇAM DOAÇÕES DE ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS E/OU MATERIAL DE HIGIENE E/OU BRINQUEDOS. POSTOS DE COLETAS: SUPERMERCADOS CR, MANIA DE PIZZA, RAYANNA PEIXARIA, CLINICA COTT, CLINICA OTORRINOS, CASA DA CRIANÇA E UEPA!

TRANSFORME UM SORRISO. TRANSFORME UMA VIDA







Quem puder compartilhar esse recado no twitter, facebook, no seu blog ou boca a boca vai estar fazendo um tremendo bem para o próximo!





quinta-feira, 8 de setembro de 2011

DEZ MIL!

Se todas as pessoas que ja entraram no blog se reunissem, poderiamos hoje:
-ocupar todos os ingressos para visitantes de uma partida no Maracanã.
-povoar um bairro grande por inteiro, como a Prainha ou a Nova República
-Lutar contra o exército de um país pequeno, como o Haiti, Luxemburgo ou Suriname.

e muitas outras coisas que não lembro agora. Porém, o principal acho que consegui: difundir uma nova visão de poesia: moderna, sincera, leve, despreocupada com a forma e jovem.
Obrigado pelas centenas de visitas diárias e pelo prestígio.

Não se esqueçam de curtir nossa página no Facebook clicando na caixinha à sua direita.




À Fisiologia

Queria estar dentro de ti
Talvez me valha tua saliva.
Deglutir-me-ias,
Escorregaria pelo teu esôfago,
E deixaria teu ácido me corroer.

O duodeno teu me absorveria.
Passearia nos teus hepáticos sinusóides
E pularia de veia porta para veia cava.

E então cheguei à porta do teu coração.
Está fechada. Ela só abre por dentro.



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fica conosco, Senhor!


Estive no nono cursilho de jovens em Santarém, do MCC nesse último fim de semana. Fiz bons amigos, conheci muita coisa sobre a fé e aprendi que Jesus sempre morou no meu coração, mas que nem sempre pude notá-lo por lá.
Não quero falar muito sobre as experiências de lá de Emaús, pois acho que elas tem que ser vividas, não faladas.
Porém, trouxe um poema sobre o que vivi:


Emaús

Fui para o céu sem morrer.
Talvez fosse só em sonho.
Mas na certeza da lucidez,
Subi carregado por anjos.

Vi que no céu tem parede descascada,
Não tem quarto nem banheiro individual
E nem lugar só meu na mesa eu tinha.
Até pecado havia no céu: vi uma alegre Gula por lá.

Neste céu havia choro, lágrimas.
Porém, tinha riso para quem quisesse.
Lá, cada amigo é um irmão
Diante de um trino Pai.

Assim como Cristo,
Desci desse céu ao terceiro dia
Junto com os mesmos anjos,
Muitos irmãos e melodia.


P.s.: Provavelmente o blog irá completar 10.000 visitas antes da próxima postagem. MUUUUUUUUUUITO obrigado a todos vocês que entram aqui!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Homenagem II do Blog, Gregório de Matos

Nascido em 23 de dezembro de 1636 em Salvador, Gregório de Matos Guerra figura como uma das mais marcantes figuras da literatura portuguesa. Portuguesa? Como assim se o cara nasceu em Salvador? Lembrem-se, meus bons leitores, que até 1822 o Brasil ainda era colônia portuguesa, portanto, todos nascidos em nosso solo até então eram Portugueses.
É o primeiro grande literato do solo brasileiro e grande ícone de poesia Satírica do nosso idioma. Foi advogado e juiz, porém, sempre teve problemas em sua carreira devido à sua coragem: batia de frente com qualquer um, falava mal dos políticos e da igreja sem nenhum escrúpulo. Característica essa que foi marcante para sua obra, quase sempre satírica e insinuante, que lhe rendeu o apelido de "Boca do Inferno. Porém (Como o texto a seguir), teve seus momentos mais sacros, como da escola da época (barroco).
Uma curiosidade: antes de morrer, (em Recife, 26 de novembro de 1685)chamou dois pede que dois padres venham à sua casa e fiquem cada um de um lado de seu corpo e, representando a si mesmo como Jesus Cristo, alega "estar morrendo entre dois ladrões, tal como ao ser crucificado".
Aqui vai sua poesia que mais me agrada:


Ao braço do mesmo Menino Jesus quando apareceu

O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo.

Em todo o Sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica o todo.

O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.

Não se sabendo parte deste todo,
Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.



P.S.: Amanhã estarei viajando em um retiro espiritual e só voltarei no domingo. Portanto, sentirei saudade de vocês e espero que sintam de mim.




sábado, 27 de agosto de 2011

Gazeta Santarém

Como dito na última postagem, o semanário GAZETA SANTARÉM publicou na edição deste sábado (27/08/2011) uma poesia de minha autoria. Ela já havia sido postada há algum tempo aqui neste blog, e foi a que eu escolhi para enviar à edição do jornal. Quero agradecer pela oportunidade ao Sr. Celivaldo Carneiro, responsável pela Gazeta e gostaria de dizer que estou aberto a novas publicações.
Vejam as fotos:








quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Parceiros!

Visando aumentar o fluxo de leitores do blog e também em divulgar material de boa qualidade aos meus leitores, o Leia no Verso firmou parcerias recentemente com outros blogueiros.
Eis nossos novos parceiros: o blog Geosociedade, o Blog do JK Campos e o novíssimo blog ClickNaVagina, que traz informações de saúde da mulher com uma pitada de bom humor. Falando nisso, em breve estarei postando um poema sobre saúde da mulher a pedido da galera deste último blog.
Claro, sem esquecer do Blog Quarto Poder, Cardesir, Questões de Verso e do Centro Acadêmico de Medicina, que são nossos parceiros mais antigos.
Uma outra coisa interessante: no próximo sábado irá ser publicado no jornal A GAZETA DE SANTARÉM um poema de minha autoria. Quando sair, postarei aqui no blog a página do semanário para vocês verem. Desde já obrigado à redação do jornal pela oportunidade.
Agora fiquem com um poema novo:

Véspera

Dia após dia
você tenta me convencer
que não há luz no meu caminho,
e que não há estrada para os teus carinhos.

Sou tolo,
Mas decidi aprender a não pensar em ti
.
Começarei amanhã;
hoje não.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Caminhos poéticos

É sabido que cada um que gosta de poesia gosta dela de um jeito. Ainda sou meio "amador", portanto ainda não firmei ainda meus caminhos. Acho que gosto de ser mais racional. Versos mais ponderados.
Gosto de ser crítico, mas também gosto de falar das coisas simples e das coisas complexas do cotidiano.
Há quem goste de poesia exagerada, de declarar o amor de joelhos com flores na mão. Há quem goste de ser seco. Acho que quero ser "exagerado ponderadamente". Estou analisando isso ainda.


Serviçal

-Tem uma gota de sangue no lençol!-
gritava a lavadeira para a cozinha.
Na matinal e serviçal fofoca,
falaram por ali da donzela agora deflorada,
do príncipe embreagado que apanhara no bar,
do marido que espancara a mulher no andar de cima.

Difamaram a pobre da cadela!
Prenha?! Menstruada?!
Condenaram o avô que dormia sereno
-Deve ser daquele velho tísico e diabético!

No mafuá do fuxico, surgia
na boca da lavadeira um sabor amargo e ferroso.
Levava a mão à boca enquanto via
no ar em queda livre gotas rubras.
Pobre subalterna: mordera a própria língua!





sábado, 20 de agosto de 2011

Tangente

Pensem num dia cansativo! Hoje foi realizada no colégio Júlia Passarinho a segunda OPERAÇÃO SAÚDE E LAZER, uma parceira entre a Uepa e a Operação Sorisso Brasil que contou com voluntários de todos os cursos do campus santarém. Estive na organização e estou quebrado!! Mas aí vai um poema para vocês. Obrigado pela preferência!


Mercador de Almas


Os cães ladram. A caravana para.
Montado em seu jegue, desce ao chão um comerciante
e começa a farejar  fome.


Os cães se intimidam. Abanam o rabo, mas enrugam o focinho.
E o viajante fita a pobre matilha como quem lhe extorque a alma.
Entre o astuto e o covarde, os cachorros sujos do mato saem derrotados
e só lhes sobra a carniça da caça dos mercadores.


Então, o mais moribundo e faminto cachorrinho oferece sua lealdade e carinho
a primeira mão estendida com um osso magro e pálido para ser roído.
E vai assim, um a um, se integrando uma seduzida alcatéia.


Os cães passam, e a Caravana ladra.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Reflexão!

Enquanto eu sentava na cantina da UEPA esperando por um professor hoje, fiquei admirando a cena: calouros rindo jogando bilhar. Pessoas ali que pouco se conhecem, rindo juntas como se fossem irmãs.
Não sou mais calouro, mas passo bons e numerosos momentos ao redor do carpete verde com pessoas que começaram a ser meus amigos (e não somente colegas) numa cena parecida com essa. Então é para essa entidade acadêmica que jogo minha poesia hoje.


igualzinho o da Uepa!

Bola branca

Com o quiral giz branco
lambuzo de pó o ventre que há
medial ao polegar.

Toda moeda vale. Cada um paga uma.
Com a ficha na mão -
teimosa, não entra na fenda! -
vão dançando os tacos com as duplas,
para surrar a bola branca.

Deslizam pela mesa em sua pele verde
técnica, malícia, sorte, histórias pra contar.
Vamos então refinar nossa amizade
e a matemática exata do "ímpar-par".

Quanto mais esse tempo passa
mais nessa mesa eu vejo graça.
E é dos amigos que sempre vou lembrar
ao ver uma mesa dessas de bilhar.












sábado, 13 de agosto de 2011

Homenagem I do Blog, OLAVO BILAC



Estou com algumas poesias bem legais para postar. Porém, resolvi fazer aqui no blog algumas homenagens a autores que norteiam a minha inspiração. Vou começar com o "Príncipe dos Poetas", Olavo Bilac.
Uma sucinta biografia deste grande nome da Literatura Brasileira: Olavo Brás Martins Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 1865 e morreu em 1918 na mesma cidade. Foi um jornalista e poeta e fundador da Academia Brasileira de Letras. Cursou Medicina e Direito, mas sua verdadeira vocação eram as Letras. Foi um dos mais eminentes Abolicionistas da nossa História.
Sua escola literária era o Parnasianismo (o qual não sou muito fã), mas também tem algumas produções Românticas, principalmente evocando o amor à Pátria (É o autor do Hino à Bandeira). Uma curiosidade: foi a primeira pessoa a sofrer um acidente automobilístico no Brasil (1897)!
Não é meu poeta favorito, porém, é o autor da mais linda poesia que já li, e aí vai ela (na verdade, apenas uma parte, pois é uma poesia com mais de 20 sonetos).

Via Láctea
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".



Ah, parabéns a todos os pais, principalmente para o melhor do mundo: o meu.




quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Entressafra

O autor desse blog esteve ausente por mais de 2 meses pelo sincero motivo: esteve em uma entressafra poética. Acho que não escrevi nada apropriado para o consumo humano nos últimos tempos. Entretanto, me ocorreu esse poema ainda agora e decidi compartilhar convosco.


Vã Guarda

Na ditadura dos meus pensamentos,
não há liberdade de expressão.
O que existe é censura e mais nada.
Vou inibindo qualquer sinapse que não signifique revolução.

Ainda que o novo seja feio e nebuloso,
silencio as passeatas e calo os rebeldes
que clamam pelo pretérito, hoje preterido.
Não posso olhar para trás. A vanguarda me tortura.





sábado, 14 de maio de 2011

Por que as velas?

O poema de hoje trata de uma invenção que nos acompanha por todo o trajeto histórico da humanidade: As velas. Neste contexto, a palavra vela tem vários significados - físicos e culturais - e então resolvi "poetizar" o nobre cilindro de cera e parafina, que sempre iluminou os passos e o dia-a-dia do povo brasileiro.







Às Velas

Começou nas velas de Cabral,
içadas ao mar sobre as naus,
trouxeram para estas terras
as velas dos altares de Portugal.


E o vento que apagara as velas
do velório sombrio do abolicionista
tremulara as velas de um navio negreiro,
recheado de velas de Ogum e de Ubanda
para formar nossa cera sincretista.


O tempo passa, a cera se derrama sobre si.
Na vela que vela o sono da sinhá,
na vela que o poeta leva para o luar,
no jantar romântico a luz de velas,
Na vela do São João, onde os pequenos acendem seus traques,
na vela da Roça sem luz, 
Na vela assoprada no aniversário,
ou no Apagão da metrópode, na virada do milênio.
Talvez a vela dos pescadores viris, 
ou vela de ignição dos motores.
Ou será as velas aladas do 14-Bis?


Vela que tanto revelou.
Releve o suor ardente que derramou.
Aceitaste sempre a chama que te forjou,
e o tempo nunca embora te levou.




P.S.: A Pepsi está fazendo uma campanha para arrecadar dinheiro para a Operação Sorriso. Você pode ajudar com apenas um clique!!!  É simples, use o aplicativo da pepsi no facebook e escute as risadas da crianças. Para cada risada, a pepsi doa 50 centavos de dolar para as cirurgias. Doe um sorriso =D.








segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estive fora uns dias...

Eu até tentei...
Produzi alguns versos, é verdade, mas a minha viagem a São Paulo me impediu de postar aqui no blog. Entretanto, os leitores terão um saldo positivo dessa ilíada, visto que tomei um chá de cultura na Cidade da Garoa. Fui em inúmeros museus, conheci uma cultura cosmopolita totalmente diferente da nossa, provinciana, idiossincrasia, li um livro por completo, o que há muito não fazia (Objecto Quase, José Saramago), comi bastante (sim, a culinária é um forte ramo do que considero CULTURA) e, principalmente, me inspirei.
Agradeço aos amigos paulistas (de nascimento ou de "ofício") que me ajudaram a conhecer a cidade, em especial ao meu primo Toshio, que ajudou no título do poema de hoje.
Aqui vai um pouquinho do que vivi: um poema sobre um dos mais incríveis (e simples) lugares que já fui. O
Mercado Municipal de São Paulo.



Pândega Aromática
nosso almoço
Pelos teus estreitos corredores
vou sentindo os divinos odores
e provo com os olhos as ervas, os azeites e tantas frutas
-das afrodisíacas às arlequinais -
que me afogam nessa gula tão colorida.

e, como um ímã, sou magnetizado
para a fumaça do pastel de bacalhau.
Sob a luz gelada destes vitrais,
alquimizo os paladares dessa aquarela
nos farelos do sanduíche de mortadela.

Mercado Municipal de São Paulo
Queria somente uma câmera química,
que "fotografasse" gostos e aromas.
Viajaria todo o Oriente,
com escala no Porto e em Lisboa,
na lembrança dos teus corredores.

Japão, China, Síria, Turquia
e até o Líbano no esplendo do seu Cedro.
Todos cabem neste imenso espectro
do aconchegante Cartão-postal:
casa dos sabores, Mercado Municipal

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta-Feira (Santa)


O feriado da Semana Santa é sempre (ou deveria ser) momento de muita reflexão. Infelizmente, esse ano não estou no esplendor do exercício do "meu" Cristianismo, assim, acabei deixando de lado o meu espiritualismo nessa data. Até que fui assistir à adoração do "Senhor Morto" na tarde desta Sexta e - como sempre - arborizei meus pensamentos para bem longe do evangelho e fiquei refletindo.
O templo onde eu estava era a Basílica do Santíssimo Sacramento (Igreja do Santíssimo para os íntimos). Um templo moderno, com padrão arquitetônico e designs arrojados e audaciosos. Muito diferente de igrejas barrocas, góticas ou renascentistas que costumamos citar quando o assunto é beleza (Basílica de Nazaré e Igreja de Santo Alexandre em Belém, por exemplo). Porém, se Deus é Onipresente, estaria Ele "mais presente" em lugares banhados a ouro e "menos presente" em lugares marcados pelos traços contemporâneos? Acredito que não.
Outro ponto é o seguinte: Se Jesus lhe aparecesse hoje, viria Ele vestido de branco com a manta longa e alva como nas iluminuras ou desenhos bíblicos? Acredito que não. Se eu encontrar Jesus (se já não encontrei...), Ele vestiria calças Jeans e calçaria All Star.
Afinal, se o mundo mudou, se as pessoas mudaram, por quê a Igreja não pode se modernizar e dar lugar a templos e ícones modernos? É estranho a idéia de um Deus moderno, com "seguidores" no Twitter ou uma página no facebook. Mas é mais ou menos isso. O Deus que eu acredito não parou no tempo e seu julgamento não é como de um Paladino da Santa Inquisição, mas sim algo compatível com o mundo em que vivemos hoje.



Paixão


Quero beber do teu sangue
com sede de me embreagar.
Quero Entornar a tua taça
com ânsia de quem quer se afogar.


Quero comer tua carne
- mordendo com vigor 
o pão da melhor Paixão.
E como o maná que veio do céu,
grudar-se-á no céu da minha boca.


Teu corpo, Teu sangue,
ingeridos pelo meu organismo,
não é canibalismo, Meu Senhor.
É apenas auto-flagelo.




P.S.: Eu tenho muito a postar, porém, a NETSAN, por motivos de incompetência, me deixou sem Internet essa semana aqui vai minha dica: não assinem os planos dessa empresa. Graças à minha namorada, Agatha, estou postando com um modem.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Obrigado, Jeso!

damascos
Pela quarta vez, eu apareço no blog do jeso por conta de um poema do Leia No Verso. Desta vez o texto fora "Espelho", que está duas postagens abaixo dessa. Clique aqui e reveja as outras três ocasiões. Apareci outras vezes no blog, mas por conta de discussões e polêmcias. Hehe!
Queria agradecer não somente a oportunidade de divulgar este blog no mais badalado sítio da web santarena, mas também agradecer pelo espaço que a poesia sempre ganha lá. Valeu!

uma síria!
a cidade de Damasco


Hoje temos um poema covalente. A interpretação é sua!


Síria


Teu olhar é surpreendente
como o aromático sabor de um damasco.
Mutila-me sua ira e afaga-me sua benevolência.
E vacilo entre o Suserano e o Vassalo.


Não é sobre os teus dentes
alvos como a pele - que o véu cobre - do teu corpo todo.
É mais sobre o balanço dos teus cabelos,
com o aroma surpreendente do Damasco.




terça-feira, 12 de abril de 2011

De cara nova!

No colégio Carequinha, da esquerda para direita:
Túlio, o autor do blog, Toshio e Angelo

Como vocês já devem ter percebido, o blog está de roupa nova! Logomarca, layout, cores...tudo! Isso ocorreu graças ao (excelente) trabalho do acadêmico de Design da UFCG Túlio Lacerda. Por falar nele, hoje é o seu aniversário, e o engraçado nisso tudo é que quem ganhou o presente foi o LeiaNoVerso! Portanto, o meu post hoje é dedicado a esse companheiro que desde o remoto ano de 1995 está presente na minha vida! Parabéns e obrigado, Túlio!

O que vocês acharam do novo estilo e da nova logomarca do blog? Sugestões, opniões e críticas nos comentários, por favor.
"
Hoje temos um poema curto. Fala um pouco da minha indignação com a "meteorologia" das catástrofes naturais e anuais no Brasil.



Previsão do Tempo

Vi na Tv que vai chover.
Nem liguei para a temperatura mínima,
que a Máxima é a mesma de todo o ano:
Enchentes, mortos e desabrigados.

É. O tempo anda tão previsível...



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Estatísticas Poéticas

Gráfico fictício

Andei vendo as estatísticas do Blog e vi algumas coisas interessantes.
Países: o LeiaNoVerso é internacional!!! Leitores de 10 países já visitaram o blog. Vamos ver a ordem das nações mais assíduas por aqui: Brasil (4.333 acessos), EUA (215 acessos), Canadá (11), Portugal (10), China (7), Alemanha (4), Espanha (4), Argentina (3), Suíça (2) e Finlândia (2).
Fiquei sinceramente chateado com os finlandeses, esperava mais deles! Hehehe!

Navegadores: 10% dos visitantes do blog usam celular para acessá-lo. Dentre estes, 60% usam I-phone. Mozzila Firefox e Internet Explorer empatam na lista de softwares mais utilizados com 35% cada.

Origem: a maior parte dos visitantes chegam ao blog por intermédio de uma busca no Google, twitter é o segundo lugar e orkut o terceiro.

Postagens: a postagem com o maior número de visitar foi "Férias = preguiça", que continha um poema que falava do professor Elisá. 870 pessoas leram o poema!! (Clique aqui para relembrar o post)

As estatísticas terminam por aqui. Talvez vocês repararam nos links patrocinados pelo blog. Não, não sáo vírus. Podem clicar sem nenhum problema caso algum o interesse.

O blog começará a fazer post não somente com poesia, mas também com outras informações e alguns pontos de vista meus sobre diversos temas. Estou pensando também em fazer um TOP 5 variado (meus discos preferidos, livros, autores, filmes, etc...) vamos ver como vai ser...

Esse é um poema antigo, achado no caderno. Merece ser compartilhado:


Espelho


Agradeço a ti por não ser meu espelho.
Quando te busco, não é a mim que quero enxergar.
É vaidade demais querer alguém totalmente igual.
-que egoísta o elogio de uma cópia pessoal!
Mesmos discos, mesmos filmes, mesmos livros...
a semelhança é monótona e faz mal.


Não quero reflexo, nem quero o avesso.
Não se cria amor por um alter-ego.
Quem discorda de tudo
concorda que no fundo
não se pode sequer conversar.


Não busco cara-metade e nem alma gêmea.
Não quero os extremos e nem o meio-termo.
Pois, no meio de tantos termos,
Vieste apenas como és, indiferente ao que desejo.




segunda-feira, 4 de abril de 2011

Inspiração não tem regularidade



...se tivesse não seria inspiração, seria previsível apenas...e chato.
Portanto, essa é a desculpa esfarrapada da vez para o blog estar desatualizado!
Atualizei, porém, algumas coisas no blog, como já foi dito antes: o botão de curtir do facebook (no canto superior direito) e os atalhos para compartilhamento (face, twitter, email e etc) no fim da postagem, e também no fim o bloco de comentários pelo facebook.
Calma, eu vou atualizar agora! Com um poema ao contrário. Resolvi insultar os parnasianos e fiz um soneto às avessas. Vamos ver no que deu:








O que não são

Meus poemas não são auto-retratos
e nem espelhos!
Não busco nunca me enxergar neles.

Meu caderno não é confessionário.
Não confio meus conflitos e guerras a um divã
travestido de celulose.

Minha poesia não é colo,
que acalenta os desiludidos e inflama os apaixonados.
é apenas minha verdade atual,
ou minha mentira de amanhã.

Meus poemas são apenas versos,
e os versos, apenas palavras
libertas uma a uma na espreita
dos grilhões azuis de uma caneta.


P.S.: meus parabéns ao meu afilhado Mário Henrique, que neste dia 5 de abril está completando 15 anos de existência nessa vida! Um abraço!

domingo, 6 de março de 2011

readquirindo o ritmo

pessoal, estou em alter-do-cjão. Carnaval muito bom, mas cabe um pouco de poesia.
O poema de hoje de forma alguma quer denegrir a bonita religião que é o espiritismo. É apenas um jogo de palavras.
Obrigado aos que estão apoiando a volta do blog. Aperta ai no botão de curtir bocê também.


Medium

Podem me levar ao centro espírita.
Sou um medium e falo com o além.
Abro minha mente para além do entendimento.

De lá mandam cartas, recados, declarações,
Reflexões e até receita de remédio e de bolo.
Com minha caneta abro um portal para outra dimensão.

Caros fiéis, eu escrevo poemas:
Psicografo a minha alma!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

"Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar"

Adivinhem quem está de volta na praça? Sim! O blog de poemas preferido da audiência Santarena (haha)!
Hoje completou-se quatro meses da última postagem. Peço mil desculpas pelo abandono. Tenho escrevido tão pouco e tão mal nos últimos tempos que preferi esconder de vocês. Hoje vou voltar a postar. Ainda não recuperei o ritmo de antes, mas vamos aos poucos. A tendência é melhorar.
Um abraço ao amigo tércio e a todos os que gostam de versos.


Jeitinho

Se esse mundo fosse do meu jeito,
eu daria um jeito no meu mundo.
Tão redondo e tão cheio de tudo,
que, ao tentar pôr os pés em seu chão,
pisei de mau-jeito.

Vou mancando desequilibrado nessa vida.
É o jeito!