quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sexta-feira, dia da licença poética

Não a licença poética de dar uma de burro num poema e dizer que foi em nome da rima. A licença que eu digo é dar um tempo nos compromissos cotidianos e ter tempo para escrever com calma. Espero que na próxima postagem eu traga alguma novidade bacana para vocês. Já ultrapassamos as 750 visitas ao blog, mas sinto falta dos comentários de vocês pra saber da opnião, das críticas e xingamentos.
Hoje vou inscrever um poema no Concurso Santareno de Poesias. O escolhido foi o texto "sábia praticidade". Vamo ver no que que vai dar...
Alguns leitores sugeriram temas para poemas, e o de hoje vem de uma dessas sugestões.


Engrenagem Medonha


Medo de altura, de aranhas, da solidão,
da dor, da morte e da vida.
Medo da mãe descobrir.

Medo de fantasma, de assombração.
Medo do flanelinha riscar o carro.
Medo de viajar de avião.
Há até quem tenha medo de ser feliz!

Mas, convenhamos, o medo é quem nos faz crescer.
Quem descobriu o fogo, tinha medo do escuro.
Aquele que luta pela paz, teme desesperadamente a guerra.
E quem estuda, trabalha, se dedica
o faz por pelo pânico que tem de se dar mal na vida.

Cultivemos o medo; do pueril ao fantasmagórico.
Pela criança que não repete a tolice por temer uma nova surra ou castigo
e pelo operário-padrão que não falha, mas treme diante do patrão carrasco,
façamos do medo nosso temível e nefasto aliado.

4 comentários:

  1. Verdade... se o medo for usado pra construir, ele é sim um forte aliado!

    Parabéns de novo, João! =)

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  2. O que seria da coragem sem o medo, afinal?!

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  3. João, adorei esse post! Vc me fez repensar em como podemos trazer o medo pra perto de nós e fazer com ele, em vez do nos impedir, nos impulsione!

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  4. joão voce é um bom poeta, continue assim!

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