domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz ano novo!

Eu poderia fazer o último post do ano com a poesia do Drummond que está na (ótima) propaganda do Bradesco. "Receita de Ano Novo" cabe em qualquer fim de ano possível. Pois é "dentro de você que o ano novo cochila e espera desde sempre". Festas à parte, trago um poema reflexivo. A poesia em si é um grande instrumento de reflexão e resolvi usá-lo nos seguintes versos.


 Ilha

Sou uma ilha.
Ser um pedaço de terra envolto de água
não me incomoda.

Não me convém ser um continente.
A vastidão e a grandeza não me pertencem,
e a uniformidade me perturba.
Aliás, a Pangéia era nada mais
que uma ilha de ego inflado.

Sou ilha, não importa qual.
Se Florianópolis, Marajó ou Galápago,
sou um só, sem igual,
mesmo sendo de um arquipélago.

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