domingo, 5 de setembro de 2010
Malandragem
Começo com meu pedido de perdão: Desculpem-me! Como (ainda) não vivo apenas de poesia, tenho que estudar para a minha faculdade, e nessa semana que passou tive uma prova barra pesada, então nem tive condições de adocicar a vida de vocês com os grãos de poesia que semeio por aqui.
Como estamos na semana da pátria, resolvi homenagear um dos maiores símbolos brasileiros na postagem de hoje.
Serafim
Serafim acorda cedo todo dia
boca seca e cabeça doída
da bebedeira do outro dia.
Veste-se garbosamente
beija a mulher e vai pro batente
no boteco lá da esquina
Enquanto trabalharia o Serafim
bebe cachaça, joga truco e come coxinha.
A barba mal-feita é o cartão de visita
e o bilhar, o dominó e o baralho
sua bem-treinada perícia.
Um dia, malandro, ela te larga.
Leva os filhos, a TV e sai de casa de mansinho.
Te arranca uma pensão e te deixa sozinho.
Mas pra ti não é problema, Serafim.
Corre pra buscar consolo no tamborim,
que tens sempre o carinho dos Valetes, das Damas
e do botequim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gostei do "garbosamente".
ResponderExcluirJá mostraste para o Assunção?
ResponderExcluirsenti uma grande afinidade com esse poema...kkk
ResponderExcluirNesse Brasil, existem muitos "Serafins" =D
ResponderExcluir