domingo, 26 de setembro de 2010

"Depois da onda pesada, a onda zen"

São 3 e meia da manhã e estou com insônia. Acabei de fazer um poema, e seria uma maldade não o compartilhar com vocês! Ele fala de algo que eu gostaria de sentir. Queria poder não fazer nada. Queria poder nem levantar da cama, dormir umas 22h por dia e coisas do tipo. Então, aí vai ele:


Maloca Beleza

Ergui uma maloca no nada.
Lá não tem chuva que alague
e nem seca que maltrate.
Tem só a força da sua palha castigada.

É só atar uma rede, mesmo na falta de parede,
e por um disco pra tocar.
Pronto. Basta agora o sereno do vento,
que ela se torna um santuário, um templo.

Lá ninguém morre de tiro,
nem de infarto ou preocupação.
Lá só se morre de rir e se agoniza
em uma morte lenta e gostosa de preguiça.

Não existe "acorde!" lá; só acordes de violão.
Não há contramão nem contratempos
nem contas a pagar e nem cifrão.
É apenas uma maloca. Palha, estaca, pau e chão.

Um comentário:

  1. Como eu queria morrer de preguiça...
    Vi a paz e o sossego q eu tanto desejo nesse momento

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