sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta-Feira (Santa)


O feriado da Semana Santa é sempre (ou deveria ser) momento de muita reflexão. Infelizmente, esse ano não estou no esplendor do exercício do "meu" Cristianismo, assim, acabei deixando de lado o meu espiritualismo nessa data. Até que fui assistir à adoração do "Senhor Morto" na tarde desta Sexta e - como sempre - arborizei meus pensamentos para bem longe do evangelho e fiquei refletindo.
O templo onde eu estava era a Basílica do Santíssimo Sacramento (Igreja do Santíssimo para os íntimos). Um templo moderno, com padrão arquitetônico e designs arrojados e audaciosos. Muito diferente de igrejas barrocas, góticas ou renascentistas que costumamos citar quando o assunto é beleza (Basílica de Nazaré e Igreja de Santo Alexandre em Belém, por exemplo). Porém, se Deus é Onipresente, estaria Ele "mais presente" em lugares banhados a ouro e "menos presente" em lugares marcados pelos traços contemporâneos? Acredito que não.
Outro ponto é o seguinte: Se Jesus lhe aparecesse hoje, viria Ele vestido de branco com a manta longa e alva como nas iluminuras ou desenhos bíblicos? Acredito que não. Se eu encontrar Jesus (se já não encontrei...), Ele vestiria calças Jeans e calçaria All Star.
Afinal, se o mundo mudou, se as pessoas mudaram, por quê a Igreja não pode se modernizar e dar lugar a templos e ícones modernos? É estranho a idéia de um Deus moderno, com "seguidores" no Twitter ou uma página no facebook. Mas é mais ou menos isso. O Deus que eu acredito não parou no tempo e seu julgamento não é como de um Paladino da Santa Inquisição, mas sim algo compatível com o mundo em que vivemos hoje.



Paixão


Quero beber do teu sangue
com sede de me embreagar.
Quero Entornar a tua taça
com ânsia de quem quer se afogar.


Quero comer tua carne
- mordendo com vigor 
o pão da melhor Paixão.
E como o maná que veio do céu,
grudar-se-á no céu da minha boca.


Teu corpo, Teu sangue,
ingeridos pelo meu organismo,
não é canibalismo, Meu Senhor.
É apenas auto-flagelo.




P.S.: Eu tenho muito a postar, porém, a NETSAN, por motivos de incompetência, me deixou sem Internet essa semana aqui vai minha dica: não assinem os planos dessa empresa. Graças à minha namorada, Agatha, estou postando com um modem.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Obrigado, Jeso!

damascos
Pela quarta vez, eu apareço no blog do jeso por conta de um poema do Leia No Verso. Desta vez o texto fora "Espelho", que está duas postagens abaixo dessa. Clique aqui e reveja as outras três ocasiões. Apareci outras vezes no blog, mas por conta de discussões e polêmcias. Hehe!
Queria agradecer não somente a oportunidade de divulgar este blog no mais badalado sítio da web santarena, mas também agradecer pelo espaço que a poesia sempre ganha lá. Valeu!

uma síria!
a cidade de Damasco


Hoje temos um poema covalente. A interpretação é sua!


Síria


Teu olhar é surpreendente
como o aromático sabor de um damasco.
Mutila-me sua ira e afaga-me sua benevolência.
E vacilo entre o Suserano e o Vassalo.


Não é sobre os teus dentes
alvos como a pele - que o véu cobre - do teu corpo todo.
É mais sobre o balanço dos teus cabelos,
com o aroma surpreendente do Damasco.




terça-feira, 12 de abril de 2011

De cara nova!

No colégio Carequinha, da esquerda para direita:
Túlio, o autor do blog, Toshio e Angelo

Como vocês já devem ter percebido, o blog está de roupa nova! Logomarca, layout, cores...tudo! Isso ocorreu graças ao (excelente) trabalho do acadêmico de Design da UFCG Túlio Lacerda. Por falar nele, hoje é o seu aniversário, e o engraçado nisso tudo é que quem ganhou o presente foi o LeiaNoVerso! Portanto, o meu post hoje é dedicado a esse companheiro que desde o remoto ano de 1995 está presente na minha vida! Parabéns e obrigado, Túlio!

O que vocês acharam do novo estilo e da nova logomarca do blog? Sugestões, opniões e críticas nos comentários, por favor.
"
Hoje temos um poema curto. Fala um pouco da minha indignação com a "meteorologia" das catástrofes naturais e anuais no Brasil.



Previsão do Tempo

Vi na Tv que vai chover.
Nem liguei para a temperatura mínima,
que a Máxima é a mesma de todo o ano:
Enchentes, mortos e desabrigados.

É. O tempo anda tão previsível...



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Estatísticas Poéticas

Gráfico fictício

Andei vendo as estatísticas do Blog e vi algumas coisas interessantes.
Países: o LeiaNoVerso é internacional!!! Leitores de 10 países já visitaram o blog. Vamos ver a ordem das nações mais assíduas por aqui: Brasil (4.333 acessos), EUA (215 acessos), Canadá (11), Portugal (10), China (7), Alemanha (4), Espanha (4), Argentina (3), Suíça (2) e Finlândia (2).
Fiquei sinceramente chateado com os finlandeses, esperava mais deles! Hehehe!

Navegadores: 10% dos visitantes do blog usam celular para acessá-lo. Dentre estes, 60% usam I-phone. Mozzila Firefox e Internet Explorer empatam na lista de softwares mais utilizados com 35% cada.

Origem: a maior parte dos visitantes chegam ao blog por intermédio de uma busca no Google, twitter é o segundo lugar e orkut o terceiro.

Postagens: a postagem com o maior número de visitar foi "Férias = preguiça", que continha um poema que falava do professor Elisá. 870 pessoas leram o poema!! (Clique aqui para relembrar o post)

As estatísticas terminam por aqui. Talvez vocês repararam nos links patrocinados pelo blog. Não, não sáo vírus. Podem clicar sem nenhum problema caso algum o interesse.

O blog começará a fazer post não somente com poesia, mas também com outras informações e alguns pontos de vista meus sobre diversos temas. Estou pensando também em fazer um TOP 5 variado (meus discos preferidos, livros, autores, filmes, etc...) vamos ver como vai ser...

Esse é um poema antigo, achado no caderno. Merece ser compartilhado:


Espelho


Agradeço a ti por não ser meu espelho.
Quando te busco, não é a mim que quero enxergar.
É vaidade demais querer alguém totalmente igual.
-que egoísta o elogio de uma cópia pessoal!
Mesmos discos, mesmos filmes, mesmos livros...
a semelhança é monótona e faz mal.


Não quero reflexo, nem quero o avesso.
Não se cria amor por um alter-ego.
Quem discorda de tudo
concorda que no fundo
não se pode sequer conversar.


Não busco cara-metade e nem alma gêmea.
Não quero os extremos e nem o meio-termo.
Pois, no meio de tantos termos,
Vieste apenas como és, indiferente ao que desejo.




segunda-feira, 4 de abril de 2011

Inspiração não tem regularidade



...se tivesse não seria inspiração, seria previsível apenas...e chato.
Portanto, essa é a desculpa esfarrapada da vez para o blog estar desatualizado!
Atualizei, porém, algumas coisas no blog, como já foi dito antes: o botão de curtir do facebook (no canto superior direito) e os atalhos para compartilhamento (face, twitter, email e etc) no fim da postagem, e também no fim o bloco de comentários pelo facebook.
Calma, eu vou atualizar agora! Com um poema ao contrário. Resolvi insultar os parnasianos e fiz um soneto às avessas. Vamos ver no que deu:








O que não são

Meus poemas não são auto-retratos
e nem espelhos!
Não busco nunca me enxergar neles.

Meu caderno não é confessionário.
Não confio meus conflitos e guerras a um divã
travestido de celulose.

Minha poesia não é colo,
que acalenta os desiludidos e inflama os apaixonados.
é apenas minha verdade atual,
ou minha mentira de amanhã.

Meus poemas são apenas versos,
e os versos, apenas palavras
libertas uma a uma na espreita
dos grilhões azuis de uma caneta.


P.S.: meus parabéns ao meu afilhado Mário Henrique, que neste dia 5 de abril está completando 15 anos de existência nessa vida! Um abraço!