sexta-feira, 25 de junho de 2010

De volta na praça

O leianoverso está de volta. Meu computador voltou e com ele voltarão também a dose de poesia que a vida de vocês todos precisam. Queria mandar um abraço aos meus leitores fiés, em especial pro André, pra Larissa, pra Raíza e pro Arturo, que não se limitou somente a ler, mas também a criticar e mostrar o que pensa; show de bola. Apenas uma réplica: falaste das rimas, mas uma característica minha é não dar a mínima para as rimas, deixo apenas elas aparecerem por vontade delas mesmas! O texto de hoje é um pouco antigo, mas tem seu valor.





Contramão


Você que insiste
em negar e empinar o nariz,
vê, por favor, que se perde
um momento mais feliz

Você que persiste
em argumentar que não dá mais,
larga dessa ladainha
de que não sou um bom rapaz.

Você que nega,
não sabe como dói na carne
um sorriso tão belo
com um "não" a ilustrar-lhe.

Você que decide
com a cabeça, mas não com a razão,
não vê como é linda e triste
a poesia da contramão.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Férias, fera!

Amanhã começam minhas férias. Espero que elas sejam repletas de poesia.
Desculpem a melancolia. Hoje teve o Concurso Santareno de Poesia do III Salão do Livro, e eu tinha a esperança de estar entre os premiados do certame. Infelizmente, ainda nao foi dessa vez. Entretanto, não sei perder e estou meio "emburrado". Sinceramente, é muita pretensão minha: me "profissionalizei" há menos de dois meses e já almejava algo grande assim...agora é hora de por os pés no chão. Fica pra outra oportunidade.
Comprei um livro de poesias hoje e ganhei outro com dedicatória e tudo do poeta Eduardo Santos. Vou ler um amanhã para matar minha ansia por novos textos. Abraços



Esquadrilha

Precisamos ser mais pragmáticos.
Porque, no desenrolar do poema até a quarta estrofe
muita coisa está acontecendo:
A tinta vai acabando, a ponta do lápis quebrando...

E corremos o sério risco
do papel maltrapilho, cansado de ser tão maltratado,
se rebelar contra a escravidão poética e,
à revelia das suas tatuagens líricas,
fugir por aí em um aviãozinho de papel.

domingo, 13 de junho de 2010

Meu caro amigo,

me perdoe por favor se eu não estou em dívida com este blog. Algumas coisas me tiraram da blogosfera nas últimas duas semanas: A Operaçao Saude e Lazer, promovida pela OSCA em parceria entre UEPA e OPERAÇAO SORRISO; a tensão de fim de semestre: provas e trabalhos, e principalmente um agravante: meu computador está quebrado!
Queria agradecer nesta postagem a algumas pessoas. Primeiramente ao jornalista Jeso Carneiro, que postou um poema meu em seu badalado blog nessa semana, promovento o blog e eu como produtor textual; aos "tios" Roberto Vinholte e Juvêncio Monteiro, que elogiaram bastante o blog pessoalmente e on-line, o que me surpreendeu, visto que minha poesia tem tocado pessoas de
uma faixa etária - e cultural - mais madura. Por último, a todos os fiéis amigos que tem visitado essa página e aos meus parentes que também tem me dado força. Muito Obirgado.




Anamnese

Fiz um poema em um prontuário.
Não tinha queixa principal, sintomas e nem horários.
Foquei na história sem fim do paciente,
da furada de prego na infância à doença de agora,
passando por sarampos, fraturas, diabetes e pressão alta.
Ficou a impressão alta de que algo faltava...

Levei asperamente a mão pelo meu cabelo
para depois - com pose de sabichão - repousá-la no mento.
- Já resolvo seu caso, só um momento!
Era um caso crônico de falta de poesia!

A falta de versos (lidos, escritos ou vividos)
fez do homem um doente, um problema.
Para evitar complicações e efeitos adversos, pus no receituário:
Drummond e Bandeira duas vezes ao dia, por qualquer via.

Consulta encerrada. Aguardo retorno.
E para o próximo médico,
se não entender meus métodos ou minha promessa de cura,
deixei anotado um lembrente, um conselho:
- Fazer revisão de Literatura.

sábado, 5 de junho de 2010

Viva Laduma! Clima de Copa do Mundo!

Galera, essa semana foi tensa, nem deu de dar atenção pro Blog. Desculpem-me do fundo dos seus corações. Hoje tou empolgado com o futebol: fiz dois gols e tou me achando o Pelé! Nessa semana, terá início a Copa do Mundo, o maior evento do nosso planeta. O leinoverso também entra no clima com um texto falando de algo que parece um milagre, que não respeita cor, credo ou classe social. Ele apenas acontece; o nome dele é gol.




De tudo que é jeito

Gol de falta, gol de classe, gol de craque,
gol driblando o goleiro.
Gol de cobertura, gol soltando um torpedo.
Gol espírita, gol de cabeça, gol de canela,
gol no bate-e-rebate.
É gol de artilheiro.

Gol de carrinho, gol na raça,
gol na humildade do zagueiro.
Tem gol pra calar a boca;
tem gol pra ficar de boca aberta.
Gol alegre, irreverente.
Gol com dancinha e exagero.

Gol de fora da área,
gol debaixo da trave,
gol com desvio leve no escanteio.
Gol com rede balançando,
Gol que nem toca na rede!
Gol que sacode o país inteiro.

Gol com requinte de crueldade, gol de honra.
Gol embala-nenê, gol com "eu te amo" e beijo,
gol pra correr pro meio-campo e abraçar o companheiro.
Gol pra tirar a camisa, gol pra levantar a torcida.
Serve até gol contra; tem gol de todo jeito!

Tem gol pra ir mais cedo pra casa,
mas também tem gol pra não voltar tão cedo pra casa.
Gol pro craque, pro perna-de-pau, pro guerreiro.
Gol pra tristeza (de uns) e alegria (de outros).

Eu quero é gol. E gol brasileiro!