segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mil Expectativas!

Estou com a expectativa de chegar às mil visitas a essa página nesta postagem. Isso é muito gratificante. Foram 1000 vezes que alguém quis abrir a mente para uma poesia nova, diferente das demais, algo inusitado. Vocês não tem noção de quanto isso me deixa feliz e realizado. É muito gratificante ser reconhecido por esse trabalho. Sempre vem alguém via MSN, Orkut, telefone, twitter, comentários no blog e até ao vivo me parabenizar, e isso me deixa realmente com vontade de escrever mais.
Na vida a gente tem que fazer aquilo que gosta. Escolher uma faculdade ou um trabalho que dê prazer; escolher os amigos, os programas; fazer só o que você gosta de fazer. Essa é uma premissa que toda pessoa feliz segue. Eu segui ela no momento que resolvi criar esse blog: se eu gosto de poesia, eu vou mais é fazer poesia!
O conselho já foi dado: seja você mesmo e agrade a você. Obrigado


Criança-verde

Busco amadurecer a cada dia.
Crescer como irmão, como amigo, como cristão.
Ser um bom filho, um bom aluno.
Ser fruto maduro até na poesia;
troco as rimas e ganho em sabedoria.

Não quero cabelos brancos.
Só quero que não me dê um branco
a cada nova decisão.
Preciso da palavra certa na hora certa
e ser maduro, e não mais "criança-verde", João.

Sofrer menos, Sorrir mais.
É um degrau a cada dia,
e meu corrimão é a poesia.
Amadureço com os erros,
que, se eu fosse maduro,
não os teria cometido.

sábado, 29 de maio de 2010

Não resisti!



Todo santareno com a mínima habilidade artística já fez, faz ou fará isso um dia: cantar a(s) beleza(s) de alter-do-chão. Agora chegou minha vez. Hoje foi um dia que me deu muita vontade de estar nesse paraíso tropical.
Queria contar para vocês uma verdade. No dia 28 de dezembro de 2009, por volta das 11h da manhã, recém-chegado no Rio de Janeiro, estava com a minha família dando uma volta no calçadão de Copacabana. Avistei um senhor com algumas telas expostas a céu aberto; resolvi ir lá ver o que aquele artista de rua teria, afinal, todo turista quer lembranças do Pão-de-açúcar, Corcovado, Maracanã... Realmente, ele tinha todas essas imagens nas telas, mas uma me chamou a atenção: a coroa de areia com um morro com uma cruz ao fundo. Era nada mais nada menos que Alter-do-Chão! Fui logo perguntando:
-Moço, essa aqui fica em que bairro?
O Artista respondeu:
-Não fica aqui. Isso é uma praia no Pará. Vi há uns meses no jornal uma foto dela e não esqueci nunca mais. É a praia mais bonita que já vi na minha vida.


Você não é obrigado a acreditar (embora realmente seja real), mas é obrigado a valorizar esse milagre da natureza que é alter. Obrigado.



Alter-ego

Meus olhos ficam marejados, alter,
Quando vejo a água do teu rio brilhar.
Espelho tapajoara que reflete teu alter-ego, ó praia
Entidade de magia, folclore e beleza rara.

Meu sorriso se abre e meu ego se infla, alter.
Quando confundo tuas curvas com as de uma mulher.
Teu contorno de areia, desenho teimoso e perfeito,
Faz de amor a teu corpo um homem suspirar.

E voa no vento o meu olhar.
Pelo verde lago, pelas catraias azuis e os coletes laranjas.
Pelo suor derramado pelo aventureiro do morro do teu Cruzeiro.
E projeta na retina os botos de mentirinha.
Cada canto teu é uma lenda, um canto, um encanto.

Eu só lembro das tardes de sol mergulhado até os ombros.
Coca-cola e Bolinho de piracuí na mesa.
Amigos em volta, risadas...esqueça.
As memórias da tua corrente serão sempre mais intensas.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sexta-feira, dia da licença poética

Não a licença poética de dar uma de burro num poema e dizer que foi em nome da rima. A licença que eu digo é dar um tempo nos compromissos cotidianos e ter tempo para escrever com calma. Espero que na próxima postagem eu traga alguma novidade bacana para vocês. Já ultrapassamos as 750 visitas ao blog, mas sinto falta dos comentários de vocês pra saber da opnião, das críticas e xingamentos.
Hoje vou inscrever um poema no Concurso Santareno de Poesias. O escolhido foi o texto "sábia praticidade". Vamo ver no que que vai dar...
Alguns leitores sugeriram temas para poemas, e o de hoje vem de uma dessas sugestões.


Engrenagem Medonha


Medo de altura, de aranhas, da solidão,
da dor, da morte e da vida.
Medo da mãe descobrir.

Medo de fantasma, de assombração.
Medo do flanelinha riscar o carro.
Medo de viajar de avião.
Há até quem tenha medo de ser feliz!

Mas, convenhamos, o medo é quem nos faz crescer.
Quem descobriu o fogo, tinha medo do escuro.
Aquele que luta pela paz, teme desesperadamente a guerra.
E quem estuda, trabalha, se dedica
o faz por pelo pânico que tem de se dar mal na vida.

Cultivemos o medo; do pueril ao fantasmagórico.
Pela criança que não repete a tolice por temer uma nova surra ou castigo
e pelo operário-padrão que não falha, mas treme diante do patrão carrasco,
façamos do medo nosso temível e nefasto aliado.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Amizade, o maior valor

Todas as relações humanas que se prezem tem que ter como pré-requisito a seguinte palavra: amizade. No trabalho, na faculdade, no amor, na tristeza, na farra, na pelada semanal...tem sempre que ter amizade. É sobre isso que venho tratar no texto de hoje. Queria agradecer a todos os amigos (os que vejo diariamente e os que vejo uma vez no ano) e aos amigos dos meus amigos. São todos especiais.


Do sincero riso

Os melhores amigos são os que te surpreendem.
São aqueles que ligam nas tardes mais tristes
sem ao menos perguntar se está tudo bem.
Não dizem sequer "alô", vão logo gargalhando,
e contam uma piada e, como se fosse um desabafo,
matam a tua tristeza de fazendo rir.

Bom amigo este que não quer saber se estás triste;
quer apenas se certificar que estás feliz.

domingo, 23 de maio de 2010

416 postagens, já estou começando a me achar!

Bem amigos, fim de semana acabou e, assim como todos nós, o blog sai da sua gostosa folga e volta à atividade. Fiquei o fim de semana todo pensando em um tema para o poema da próxima postagem e não consegui encontrá-lo. Mas encontrei um tema de que eu com certeza não queria tratar (nesse sítio aqui). E é sobre isso que o poema abaixo discorre.
Falando de assuntos extra-blog, haverá um concurso de poesias para o SALÃO DO LIVRO a ser realizado em Santarém no mês de junho. As inscrições acabam dia 28 (sexta) e eu inscreverei um texto meu. Ainda não sei qual é, por isso queria que vocês decidissem. Comentem com a sua opnião: qual poema desse blog merece participar desse concurso?
Até a próxima.




Amor não se escreve

Falar de amor em um poema é perigoso
quando este se torna público.
Poemas de amor de verdade são sempre escondidos,
reprimidos, jogados fora,
ou dados de presente: confidenciais, perfumados e anexos a cartas.
Os bons poemas de amor são feitos para somente uma pessoa entender.

Já outros, nem tão sinceros e privados,
têm sempre as mesmas rimas:
-dor, amor; paixão, coração.
São clichês, lugar-comum
e cabem em qualquer redondilha.

O mundo não quer - e nem deve -
saber dos teus sentimentos:
O que sentes é teu, não dos versos.
De amor se conversa com quem se ama,
e nunca com um caderno.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tristeza não tem fim, Libertadores, sim!

É inexplicável o poder que um time de Futebol exerce sobre a alma do ser humano. Os jogadores do seu time não te ajudam a estudar, não te chamam pra comer uma pizza com eles, não te seguem no twitter, não oferecem gols para você, mas ainda assim você sofre e dá a própria vida pelas cores que eles vestem... Não importa, há sempre dor se houver decepção com o time. Pode ser revoltosa - tipicamente corinthiana - ou sensível, serena e profunda, como é a que eu sinto no momento pelo Rubro-negro.

Deixando a profundidade de lado, quero agradecer de coração aos que tem visitado o meu blog (que no momento registra 226 visitas!!!). Espero que venham sempre por aqui em busca de poesia ou somente para eu parar de encher os vossos sacos no MSN.
Hoje teremos dois poemas com o mesmo tema. Até a próxima.


Justificativa

Platão explica.
Newton explica.
Marx explica.
Freud Explica!
Guyton explica...
ATÉ O JOEL SANTANA EXPLICA!

Por isso escolhi os versos:
Ninguém pode explicá-los!





Sábia praticidade

Indagaram-me certa vez: "por que os versos?"
Respondi prontamente:
- Caro amigo, se me indicares um livro,
perguntarei: "já tem filme?"
Então pouparei dias e dias de leitura em apenas uma hora e meia.
Mas se eu te oferecer um poema,
não o encontrarás em tela alguma.
Pois um poema, para ser entendido plenamente,
se leva até uma vida inteira!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Segundo passo

Fiquei surpreso com a quantidade de visitas do primeiro post : 93 ( tudo bem, eu devo ter entrado pelo menos umas 20 vezes!). Muito obrigado a todos pelo prestígio e pela paciência.
Gostaria que comentassem, pois cada crítica recebida é a certeza de que o próximo sairá melhor, e cada elogio recebido é mais um estímulo para continuar escrevendo.
Agradeço também ao Tércio pelo apoio( www.cardesir.blogspot.com). Eu sei que tem muita gente que escreve poesias ou textos em geral e acaba escondendo e reprimindo isso. Não faça isso! Não prive o mundo das suas criaçöes, compartilhe com a gente!
Bem, esse poema foi feito agora e vou logo postá-lo. Estou selecionando outros poemas para em breve postar aqui.



Ponteiros

O tempo é obra de Deus?
O tempo já foi posse de Deus...
Perdi a hora, e o tempo nos prendeu.

Maldita hora que inventaram a hora!
O relógio foi, sem dúvidas, a pior das invenções.
Criaram-se os atrasos, os horários.
Criou-se o tempo; e fomos ficando cada vez mais sem ele...

O tempo de dormir, de trabalhar, de amar
foi todo cronometrado, mensurado
e saqueado do homem por relógios e ampulhetas.
Todo ponteiro é uma forma de opressão!

Foi-se o tempo de se ter tempo!
O tempo não é dos Homens,
ele não é mais de Deus.
O tempo agora é dinheiro.
Já passei da hora, Adeus!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Olá gatos pingados!
Esta é a estréia desse blog. Aqui neste sítio eletrônico vocês terão acesso a algumas produções textuais minhas - ou às vezes de algum colaborador - e, esporadicamente, alguma discussão sobre qualquer outro assunto - Copa do Mundo, Flamengo, Universidade, e etc.
Selecionei para início de conversa um poema meu feito há alguns meses atrás. Aí vai ele:


Anti-matéria

Desde a sétima série,
meus cadernos tem dezenove matérias.
Sua última divisão não é matéria
- e nem feita de matéria -
é obra do etéreo, do impalpável,
dos sentimentos; não dos sentidos.

E suas folhas sempre vão se esvairindo...
Dobradas para namorada, pretendente,
para amigo dar risada
ou mutiladas em bilhetinhos,
recados, endereço, telefones e integrantes do departamento.

Em semestres mais poéticos,
foram invandindo os vizinhos "espanhol", "inglês",
"religião" e "habilidades em comunicação"
e esperam fim mais digno
que uma estante ou coleção.